KIEV, 11 JUL (ANSA) – O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, reclamou nesta terça-feira (11) da postura da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) a respeito da entrada do país na aliança militar.   

“É absurdo que não haja um calendário nem para o convite nem para a adesão da Ucrânia à Otan e que sejam adicionadas formulações estranhas nas condições até mesmo só para o convite”, escreveu o líder em mensagem divulgada no Telegram.   

“Respeitamos os nossos aliados, apreciamos a segurança compartilhada. E sempre apreciamos um diálogo aberto. Mas a Ucrânia também merece respeito”, concluiu.   

A administração da Otan e representantes dos países que integram a aliança têm sinalizado que a Ucrânia só poderá entrar após o fim da guerra contra a Rússia.   

Na declaração de abertura da reunião da cúpula da organização, que começou nesta terça-feira (11), na Lituânia, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, reforçou essa intenção: “Nosso dever agora é fazer com que a Ucrânia prevaleça nesta guerra, garantindo o fornecimento de armas e munições, porque se a Ucrânia não vencer como nação democrática e independente, não haverá motivo para discutir garantias de segurança e a entrada na Otan”.   

“O presidente Volodymyr Zelensky estará conosco no jantar desta noite e também amanhã [12] para inaugurar o Conselho Otan-Ucrânia. Tenho certeza de que os aliados deixarão uma mensagem forte para destacar a necessidade de que a Ucrânia se aproxime da Otan”, acrescentou.   

Ao longo da cúpula, países europeus seguem se mobilizando para dar apoio às forças ucranianas no conflito.   

Fontes do governo alemão indicaram que o país vai enviar à Ucrânia mais um suplemento de armas, no valor de 700 milhões de euros (R$ 3,7 bilhões).   

A Alemanha é o segundo país que mais contribuiu com o envio de armas, atrás apenas dos Estados Unidos, e já havia anunciado, em maio, pacotes no valor de 2,7 bilhões de euros (R$ 14,5 bilhões) A França também anunciou que vai enviar à Ucrânia mísseis do tipo “Scalp”, de longo alcance, segundo o presidente Emmanuel Macron. (ANSA).