Uma policial feminina do Maranhão denunciou foi agredida durante curso tático promovido pela Secretaria de Segurança Pública do Ceará. A pasta já anunciou que está realizando investigações sobre o caso. 

O curso aconteceu no início do mês e as imagens foram divulgadas pela policial agora. Ela postou em suas redes sociais fotos em que aparece com a nádega roxa e contou que o agressor é um policial militar do Tocantins. 

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 “Sim, essa sou eu, vítima de um macho escroto que se diz instrutor de curso! Um cabo da polícia militar do Tocantins, que mesmo depois do ocorrido está sendo ovacionado pela instituição e por todos que participaram do curso. Curso tático feminino deveria, sim, ser direcionado apenas para mulheres”, relatou.

Ela também contou que o oficial que estava dando o curso reclamou o sumiço de um pedaço de pizza e, por conta disso, agrediu as participantes do treinamento com um ripa de madeira. 

O treinamento também envolveu policiais de Pernambuco, Maranhão, Rio Grande do Norte, Paraná e Piauí e abordou assuntos como: direitos humanos, educação física, defesa pessoal, tiro de combate e sobrevivência policial.

A Secretaria de Segurança do Ceará afirmou em nota que o oficial foi afastado do curso e que prestou todo o apoio necessário para a oficial, que acabou desistindo do curso após o ocorrido. Confira a nota na íntegra abaixo: 

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS-CE) informa que, desde que tomou conhecimento sobre uma policial civil do Maranhão lesionada durante uma instrução no curso tático promovido pela Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará (Aesp), colocou todo o aparato das instituições disponíveis e trata o caso com seriedade. A SSPDS ressalta que um inquérito policial para apurar o fato foi instaurado na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), onde foram realizadas oitivas e a vítima recebeu todo acolhimento, além de ser encaminhada para a realização de exame de corpo de delito. É importante destacar ainda que, assim que o pedido de desligamento do curso foi solicitado pela policial feminina, foi designada uma equipe para acompanhar a vítima ao seu Estado de origem. O suspeito das agressões, um instrutor da Polícia Militar do Tocantins, foi imediatamente afastado do curso.

A pasta reforça ainda que a Controladoria Geral de Disciplina (CGD) dos Órgãos de Segurança Pública, secretaria autônoma e isenta, que tem a função de investigar e garantir o devido processo legal e proporcionar a segurança jurídica na avaliação da conduta e correição preventiva de servidores, determinou imediata instauração de procedimento disciplinar para devida apuração na seara administrativa disciplinar.

Por fim, a SSPDS frisa que não compactua com tais condutas e salienta que todas as denúncias apresentadas passam por investigação preliminar no intuito de que indícios de autoria e materialidade sejam colhidos para dar subsídios ao oferecimento de instrução processual e adoção de medidas cabíveis na esfera criminal.