Um médico ginecologista e obstetra foi detido esta semana no Paraná sob a suspeita de cometer abusos sexuais contra suas pacientes. As vítimas alegam que os incidentes ocorriam dentro do consultório médico. As informações são do Fantástico.

Uma mulher, que optou por não revelar sua identidade, escolheu Felipe Sá para acompanhá-la durante sua gravidez. Ela relata que, durante uma consulta, o médico sugeriu a aplicação da hipnose.

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“Durante todo o pré-natal, meu marido me acompanhou. E aí teve uma consulta que eu acabei indo sozinha. Ele pediu pra que eu fechasse os olhos, que eu me imaginasse num lugar paradisíaco, contou até dez, estralou os dedos. Mas nenhum momento eu estava hipnotizada, eu estava em sã consciência. Ele falou: não, é sério. Se imagine tendo relações sexuais só com coisas que estejam dentro dessa sala. Aí ele começou a pegar pesado do tipo, você se tocaria agora?””, relata a mulher.

Segundo a vítima, o médico continuou insistindo:

“‘Sinta-se à vontade, eu sou profissional o suficiente para poder separar as coisas,’ ‘eu não vou ficar excitado ‘e ele foi insistindo, de eu me tocar, deu tirar minha blusa. Ele falou assim: ‘qual é a diferença de eu te examinar e ver teus seios e agora você tirar a sua roupa?’ Falei porque eu entendo que são coisas diferentes. Não tem por que eu me expor aqui pra você dessa forma”.

O delegado Dimitri Monteiro, responsável pelo caso, afirma que médico se aproveitava da “fragilidade feminina” para cometer crimes. Monteiro revela que o médico utilizava a prática de hipnose como meio facilitador para a prática de crimes.

“A gente fez um estudo bem, bem amplo sobre a vida acadêmica dele, a gente não achou qualquer curso de formação sobre a temática envolvendo hipnologia a gente acredita que ele tentou utilizar esse artifício justamente pra facilitar o emprego dessa suposta prática criminosa”, afirma o delegado.

A equipe do programa Fantástico procurou a defesa do médico Felipe Sá. O advogado enviou um vídeo como resposta.

“As alegações contra o meu cliente são infundadas e não condizem em nada com seu histórico profissional. No mais, todos os elementos da defesa serão apresentados durante o transcurso do processo judicial”, afirmou o advogado do médico.