ROMA, 9 JUL (ANSA) – Morreu neste domingo (9), aos 88 anos de idade, o ex-jogador e ex-técnico espanhol Luis Suárez, o “arquiteto” da “Grande Inter” na década de 1960.   

Nascido em La Coruña, em 2 de maio de 1935, estreou como profissional no clube de sua cidade, o Deportivo, em 1953. No ano seguinte, se transferiu para o Barcelona, onde foi bicampeão espanhol e faturou a Bola de Ouro, em 1960.   

Em 1961, foi contratado pela Inter de Milão, time onde atuou por uma década e no qual viveu a melhor fase de sua carreira, com 257 partidas disputadas e 42 gols.   

Em 10 anos no clube nerazzurro, Suárez conquistou três Campeonatos Italianos e duas Copas dos Campeões, precursora da Liga dos Campeões da Uefa, além de duas Copas Intercontinentais.   

Também ficou marcado como um dos primeiros “maestros” da história do futebol, iniciando uma linhagem de meio-campistas responsáveis por ditar o ritmo de suas equipes.   

“Um talento único e um grandíssimo interista. O número 10 da Grande Inter que levou nossas cores ao topo da Itália, da Europa e do mundo”, escreveu o clube italiano em seu site oficial.   

“Despedir-se de Luisito nos provoca uma melancolia profunda.   

A nostalgia de seu futebol perfeito e inimitável, que inspirou gerações, se une à lembrança de um jogador único”, acrescentou a Inter.   

Suárez também defendeu a Sampdoria e, após pendurar as chuteiras, foi treinador durante cerca de 20 anos, com três passagens pela Inter de Milão. O espanhol também foi dirigente do clube nerazzurro na década de 1990, tendo sido responsável pela contratação do “fenômeno” Ronaldo em 1997.   

“Ele foi um artista do futebol. Classe e cérebro para jogadas que se tornavam gols”, disse o governador da região italiana da Lombardia, Attilio Fontana, acrescentando que Suárez sabia que, “no fim das contas, o futebol é sobretudo espetáculo”. (ANSA).